sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Tema: Musa Garrafa

Ode a Boemia


Oh garrafa minha musa

Me sedusa

Me abusa

Me usa

Oh garrafa que entorno

De belo torno

Sem retorno

Só dor de cabeça

Oh garrafa que entorpece

Não me esquece

Me aquece

Me enlouquece

Oh garrafa que vazia

Já de dia

Foi-se a boemia

Fica a ressaca e a asia.


Garrafa musa megera.



Augusto M. dos Anjos


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absolut poema


me usa

me usa

me usa

me usa

me usa

garrafa musa

faz a noite obtusa

dá algum sentido

à cabeça confusa

e depois parafusa

arte e vanguarda

na parede branca

pálida, feia, difusa

vem garrafa musa

não quero a pedra

do olho da medusa

não quero a água

nem a vida reclusa

que acusa e recusa

vem garrafa musa

e nunca me reduza

ao sabor da água

ao amor de mágoa

garrafa, me abusa!



Pedro Paulo Baptista de Andrade Jr.



Um comentário:

Daniel Estevam disse...

EXCELENTE!!!
uahuahauhauah

Signo motivado...
Ferdinand de Saussure ficaria eufórico com esse poema!

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