Ode a Boemia
Oh garrafa minha musa
Me sedusa
Me abusa
Me usa
Oh garrafa que entorno
De belo torno
Sem retorno
Só dor de cabeça
Oh garrafa que entorpece
Não me esquece
Me aquece
Me enlouquece
Oh garrafa que vazia
Já de dia
Foi-se a boemia
Fica a ressaca e a asia.
Garrafa musa megera.
Augusto M. dos Anjos
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absolut poema
me usa
me usa
me usa
me usa
me usa
garrafa musa
faz a noite obtusa
dá algum sentido
à cabeça confusa
e depois parafusa
arte e vanguarda
na parede branca
pálida, feia, difusa
vem garrafa musa
não quero a pedra
do olho da medusa
não quero a água
nem a vida reclusa
que acusa e recusa
vem garrafa musa
e nunca me reduza
ao sabor da água
ao amor de mágoa
garrafa, me abusa!
Pedro Paulo Baptista de Andrade Jr.
Um comentário:
EXCELENTE!!!
uahuahauhauah
Signo motivado...
Ferdinand de Saussure ficaria eufórico com esse poema!
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