quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tema: Beleza

Pensamentos sobre Atração



A beleza é a porta de entrada
Mas não a chave do coração



Alexandre de Oliveira Neves


Chat Helenístico


Beleza aos olhos de quem vê, beleza?
Belo pra mim, talvez belo pra vc?
Belo sim, Beleza que se vê em todo lugar há de ter.
Td Blz e com vc?

Augusto Moreno dos Anjos

Tema: Por que não?

Pretexto de Felicidade


Uma cidade sem trânsito, onde se pede licença
Uma igreja sem deus, onde não se implora por clemência
Um pais sem júri, onde se é livre com veemência
Por que não?

Uma bicicleta com asas, que voa na imaginação
Uma paixão de solstício, que não precisa de perdão
Um amor sem compromisso, pelo sim e pelo não
Por que não?

Um livro sem um fim, como a vida por escrever
Uma bebedeira de motim, como sem outro dia pra nascer
Um dia sem tempo, como se apenas fosse para viver
Por que não?

Eu e você...
Por que não?



Augusto Moreno dos Anjos

31/01/08 3:50 pm


Resposta

por que não?
ora
porque perder é fácil
e ontem não muda
porque ainda há sangue
e tatuagem não sai
porque cansei da aventura
porque cansei da amargura
e porque tudo configura
a tatuagem que não sai
nunca

por que não?
ora
porque tudo pode virar cimento
porque não sou louco
e porque muito acaba
e poesia é pouco

porque ponto é vírgula
e três pontos, de vez em vez,
podem ser simplesmente
um ponto final vezes três

porque receio o anseio
prevejo o cortejo
porque odeio o meio
e já peço pelo fim
por que não?
por que sim??
...



Pedro Paulo Baptista de Andrade Jr.


terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tema: Mais que Perfeito

Mais que Perfeito

Mais que perfeitamente pudera sentir
O que outrora estivera por vir
E que tão singelamente pensara estar
Assim tão longe de um dia alcançar

Por ora soubera apenas como sentir
Alegria contida que não pudera definir
Sonhara apenas

Mais que perfeitamente vivera
E viveria a vida numa Sonata em Allegro




Augusto M. dos Anjos


22/01/08
era

naquele dia chovera
e chove agora
você, que outrora
a minha porta impura
por dentro trancara
quando foi embora
trancou por fora

e eu, contra o muro
treinando minha mira
para o olhar que atiro
pela fechadura

vivendo a era do que era
a mera hora do zero
a dura era da ira
da ira que não quero
do choro sem amparo
do meu quarto que gira
do teu sorriso que o decora
e é lá que você mora
e de lá ninguém te tira

mas tua cara já não cora
nenhum poro mais transpira
teu olhar não mais implora
meu olhar não mais respira
ele prefere a mentira
ou a cura (quem me dera)
dessa aura que paira
avara e megera
sem eira nem beira
desse pulo no escuro
dessa voz que me jura
me jura, me enjoa e me fere

e então paro e me deparo
– é claro!, vocifero
na parede tem um furo
uma grande abertura
não tenho medo da altura

posso sair pela janela

Pedro Paulo Baptista de Andrade Jr.
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